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O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), em parceria com o Centro Colaborador de Apoio ao Monitoramento e Gestão de Programas Educacionais (Cecampe Sudeste), realizou nos dias 22 a 24 de janeiro de 2025 uma visita técnica à Aldeia Sapukai, em Angra dos Reis (RJ). A iniciativa incluiu também o território quilombola de Bracuí e reforçou o compromisso com uma educação inclusiva, étnica e socialmente referenciada, alinhada ao Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE).
A atividade contou com a participação de lideranças indígenas das etnias Guarani Mbya, Guajajara e Nhandeva, além de gestores escolares. A diretora Martinha Mendonça, da Escola Municipal Indígena Guarani Para Poty Nhe’e Já, de Maricá (RJ), também esteve presente e destacou a importância de ações como essa para aproximar as comunidades dos recursos e benefícios previstos no PDDE.
Durante a visita, representantes do FNDE e do Cecampe Sudeste participaram de rodas de conversa e atividades culturais, conduzindo uma escuta ativa sobre as necessidades específicas das comunidades escolares. Hilda Souza Pereira, Coordenadora de Monitoramento, Avaliação e Apoio à Gestão (COMAG), explicou que a criação de Unidades Executoras (UEX) foi um dos pontos centrais debatidos. “O trabalho tem sido excelente. Estamos discutindo como o PDDE pode ser mais pedagógico e como podemos apoiar a implementação de UEX, garantindo que as escolas indígenas tenham maior autonomia na gestão dos recursos”, destacou.
Um aspecto relevante abordado durante a visita foi a necessidade de fortalecimento da parceria entre as comunidades e os órgãos responsáveis, incluindo as secretarias estaduais de educação. O FNDE reforçou seu papel como articulador e mediador para que o diálogo entre as partes seja ampliado, contribuindo para um melhor acesso aos recursos do PDDE e para uma gestão mais eficiente.
O cacique Algemiro, da Aldeia Sapukai, expressou sua satisfação com a visita. “É a primeira vez que recebemos uma equipe do FNDE aqui na aldeia. Sabemos como o PDDE é importante para nossas escolas e agradecemos por essa troca de informações e apoio”.
A programação incluiu ainda uma visita ao território quilombola de Bracuí e à exposição “Passado Futuro”, que celebra a história local. Para o Cecampe Sudeste, a interação direta com as comunidades foi essencial para promover a autonomia e respeitar a identidade cultural dos participantes. “Essa atividade representa um marco no fortalecimento da educação escolar indígena e quilombola, promovendo pertencimento e equidade,” afirmou a equipe do Cecampe.
O FNDE continuará monitorando as ações planejadas e prestando assistência técnica para que os benefícios do PDDE cheguem de forma eficaz às comunidades indígenas e quilombolas, reafirmando seu compromisso com a inclusão e a sustentabilidade educacional.